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Cidade

Museu

Poderia a cidade nos fazer aprender, assim como fazem os museus? Poderiam os museus se constituírem como espaços públicos democráticos da cidade?

De maneira geral, nossa vida cotidiana é entendida como algo comum e banal e, justamente por isso, incapaz de gerar um conhecimento ou possibilidades de aprendizado que não sejam igualmente triviais. Ainda segundo essa lógica de pensamento, nós precisaríamos nos afastar do cotidiano ordinário e adentrar escolas, universidades e museus para obtermos ensinamentos científicos e culturais extraordinários.

Será, portanto, que só a aprendizagem gerada dentro desses espaços específicos é válida? E o conhecimento que vem de fora desses espaços, de nossas ruas e cidades? Aprender a nos deslocar, conviver em sociedade e lidar com a diferença são exemplos de um tipo de aprendizagem que excede os espaços formais de sala de aula e nos torna cidadãos. Não se trata de dizer que um tipo de aprendizagem é melhor ou mais eficiente do que a outra, mas de criar possibilidades de atravessamento das fronteiras entre esses espaços e as formas de conhecer. Quando questões, particularidades, tensões e potências da cidade invadem o espaço e a programação dos museus (mas também de escolas e universidades), o conteúdo e o conhecimento produzido dentro dessas paredes se torna mais acessível. Ao mesmo tempo, quando as atividades encerradas nesses espaços transbordam para o território da cidade, o cotidiano, a princípio banal e anestesiado, é, mesmo que momentaneamente, desestabilizado, abrindo margem para questionamentos e novas formas de pensar. 

O movimento de entrar e sair desses espaços, juntamente com o trânsito de informações, conhecimentos e diferentes formas de aprendizagem faz com que as fronteiras sejam diluídas, e que conexões, a princípio impensadas, possam ser construídas.